Navegando pelo Canal, 20 de abril de 2009, 10h15


Voltando da Ilha da Vitória, mar picado e um friozinho de outono, apenas confirmo o que já sabia: a natureza bruta e o contato com pessoas genuinamente conectadas a ela norteiam meu trabalho. O abraço apertado que dei e recebi de Dona Dita, ao me despedir dessa senhora que havia conhecido há menos de dois dias, fechou para mim um ciclo. Com ele, concluo um projeto de quase dez anos, que me trouxe privilégios visuais, sensoriais e emocionais que só podem mesmo ser transmitidos em imagens. No começo do ano que vem o livro ILHABELA estará no mercado!

Topo do Pico São Sebastião, 14 de junho de 2008, 17h20, 1305 metros


Aos meus pés, depois de sete horas de extenuante caminhada pela mata fechada, a Ilhabela. Daqui do alto vislumbro parte dela, mais o que já passou e parte do que está por vir. Para trás estão o encantamento da minha primeira visita à ilha, ainda adolescente, as primeiras fotos, os anos velejando, o registro fotográfico intensificado durante o período em que meu marido e eu moramos aqui – entre 2000 e 2002 –, já com o objetivo de fazer um livro sobre a Ilha. Para frente, outros encantamentos em algumas mini-expedições para completar o trabalho: muitas andanças a pé, de barco, visitas às ilhas secundárias do arquipélago, o tão esperado sobrevoo.