Amigos de infância


"Os amigos de infância acalmam a gente. Os amigos de longa data se sabem.
Testemunharam nossa vida nos primeiros quinze anos.
Sabem o que nos levou a ser como e quem somos.
Fica todo mundo desarmado, tranquilo, de riso frouxo.
Deveríamos ver muito mais os primeiros amigos.
Aqueles que originaram nossa ideia de amizade, a partir da qual todos os outros amigos que vieram depois derivaram."

Da minha amiga (de agora) Ana Paula, no blog que eu a-do-ro:

singelices.blogspot.com

Quero só a saudade


Dói não ter que sair da cama cedo, com ou sem sono, para levá-la para o primeiro xixi do dia.
Dói sentar à mesa para as refeições e ela não estar ao redor, com o eterno olhar-vira-lata-sedutor-pedinte.
Dói voltar ao hábito de andar pelos corredores da casa sem acender a luz, sem ter que se preocupar com a catarata dela.
Dói andar de carro sem ela no banco de trás.
Dói voltar para casa e abrir a porta do elevador sem cuidado, sabendo que ela não estará deitada sobre o seu tapetinho predileto, nos esperando.
Dói ouvir o cachorro do vizinho latir e ela não replicar.
Dói desviar os olhos do computador e não vê-la deitada no tapete, fiel, companheira.
Dói até não ter mais a preocupação com os horários e as doses dos medicamentos, nem ir ao açougue comprar carne para ela.
24 horas depois que a Catita se foi, tudo dói.
Quanto tempo será necessário para onze anos de convivência serem transformados em saudade; saudade sem dor?

Jaya!


Quando eu era adolescente, passava quase todos os finais de semana na Praia da Trindade, RJ, onde era hospedada pela carinhosa família caiçara da Marinete. A janela do 'meu quarto', cedido pela filha mais velha, dava direto para a entrada da igreja evangélica vizinha à casa. E os cânticos do culto me extasiavam. Eu não chegava a ir à igreja, mas ali mesmo percebi que cantos coletivos tinham um certo poder sobre mim. Nesta mesma época comecei a praticar Yoga e me encantei com os kírtans - mantras e hinos hindus -; foram eles que me levaram a um real estado de meditação. Sempre que posso participo de uma 'roda' de kírtans - com Krishna Das, Pedro Kupfer e, ontem à noite, com Jai Uttal, que me fez sair flutuando depois de mais de 2 horas de uma cantoria muito animada!

Imagem-sonho


Percorrendo a FLIP - Festival Literário Internacional de Paraty - as 20 mil pessoas davam de cara com árvores que dão livros! Minha amiga Fernanda Botter diz que vai plantar um pé de livros na sua casa, para as crianças. Sugiro que ela vá "subindo" os títulos de acordo com a faixa etária, assim as crianças vão crescendo e colhendo os livros adequados. foto: © MC

FÉRIAS NA ANTÁRTICA


"Na Antártica, os ninhos dos pinguins são feitos com pequenas pedrinhas. Eles vão bem longe e pegam uma pedrinha por vez com o bico. Existem pinguins ladrões. Quando um sai do ninho, seus vizinhos podem roubar as suas pedrinhas. Quando o dono do ninho chega, eles brigam muito.As pedrinhas são muito importantes para os pinguins. Se eles não encontrarem pedrinhas suficientes, não conseguirão fazer os ninhospara encubar seus ovos. É por isso que não se pode pegar nenhuma pedrinha de lá. Mesmoque às vezes dê vontade." >>> trecho do livro infanto juvenil Férias na Antártica, lançado com paletra lotada e sessão de autógrafos das meninas Klink (Laura, Tamara e Nina) na FLIP, Paraty. Grão Editora.
foto: © Marina Bandeira Klink

Pinguim-realejo


Marinheira de primeira viagem na FLIP, gostei de algumas coisas - encantei-me com a iraniana Azar Nafisi - e não gostei de outras - a multidão, principalmente..... - mas amei este pinguim realejo, com sua maestra pra lá de simpática. Aliás, pinguins para todos os lados em Paraty: além deste e das "nossas" Klinks, Penguin Books dominavam a cidade! Perdi 2 dos Top 5 do festival: o speech do FHC e a mesa do Ferreira Gular. foto: © MC

A caiçara Catita


Jeito de vira-lata, olhar de vira-lata, carisma de vira-lata. Adotamos a bichinha, estimados 6 meses de vida. Foi batizada CATITA em homenagem a uma vira-lata carioca que na época tinha heroicamente livrado um bebê das garras de um pitbull. Catita tomou ares de rainha e, deitada no deck, via a ilha do alto do morro, todo o Canal, avistava até Alcatrazes. Latia feito doida para fragatas, urubus e gaviões. Para helicópetros também. E não deixava em paz os catingulês que vez ou outra circulavam pelo jardim. Dez anos depois, mora em São Paulo e, de vez em quando, volta à ilha. Mês passado esteve na Praia do Jabaquara. Deixando de lado sua veia caiçara, mostrou ter pavor de água fria. Na outra margem, a sombra do cão local que a incentivava no atlético salto....

Microconto


Soraya chegou na academia e, sem mais essa nem aquela, partiu pra cima do seu personal trainer, deixando o coitado sem folego num beijo megacinematografico. Nas costas de sua camiseta, todos viram escrito: TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE.

(só quem enfrenta o trânsito de São Paulo pode entender este devaneio que passou instantaneamente pela minha cabeça ao ler o adesivo no carro da frente)

Loucos por Design


Do blog da minha amiga Luciana Noro, que atualmente vive e trabalha na India, capturei estes 'objetos de desenho' de qualquer designer: almofadas de softwares Mac e canecas Pantone. Para ver mais criações, acesse:
www.eightyonedesign.co.uk/14-items-all-design-geeks-must-have/

Steve McCurry


Tive a chance de estar entre os fotógrafos que se reuniram ontem para ouvir o simpático fotógrafo americano Steve McCurry num encontro fechado. Entre muitas histórias por trás de suas imagens, Steve começa contando que ao longo de 30 anos de carreira quase que a totalidade de suas reportagens foram pautas sugeridas por ele. Um profissional que vai atrás do que genuinamente lhe interessa. Com trabalho explicitamente concentrado na Ásia, ele nos conta que, ao se deparar com a grandiosidade do Taj Mahal, onde poderia ter feito mais uma das imagens clássicas do templo, ele resolveu distanciar-se e explorar o seu entorno. Dali conseguiu magníficos ângulos, por exemplo, de 2 camponesas e este que posto aqui. Steve foi o autor da famosissima foto da menina afegã capa da National Geographic. Ao final do bate-papo, nos presenteou com posters autografados. Um privilégio e tanto, proporcionado pelo representante da Leica no Brasil, Luiz Marinho, dentro do SP Photo Fest.

Tão longe, tão perto


Muitas folhas sulfite A4 + ideias borbulhantes na cabeça de um superilustrador: eis a Cidade de Montar, de Guazzelli. 60 metros lineraes de cidade européia. Dá pra se perder. Ou se achar. E vai virar livro.

Tietagem :-)


Acompanhar uma gravação de Ney Matogrosso em estúdio: sem palavras. O cara não só é muuuuito bom como você tem vontade de ficar amigo dele na hora e para sempre.

STOP !


STOP hipocrisia STOP ganância STOP caça a qualquer animal
STOP corrupção STOP diferenças sociais abissais STOP analfabetismo
STOP consumo desenfreado STOP tráfico de animais STOP ignorância
STOP superpopulação STOP criminalidade STOP fome STOP devastação do planeta
STOP e pense!

1 livro por 1 livro


Você já ouviu falar em Samir Mesquita? Aquele escritor que escreveu 50 microcontos dentro de uma caixinha de fósforos? Pois ele acaba de lançar 18:30, outro livro em formato bastante inventivo. E quer saber mais? Os exemplares de 18:30 não estão a venda.
Passo a passo para ter o seu:
acesse www.samirmesquita.com.br > veja lá alguns livros que o autor quer ler > se vc tem um dos livros, entre em contato com ele > vc receberá pelo correio o seu 18:30 > e enviará ao samir o livro desejado da sua biblioteca. Bacana, não?

A primeira mãe-da-lua a gente não esquece


Em dezembro passei alguns dias na Ilhabela finalizando a captação de imagens para o livro que estou fazendo. Fui apresentada pelo pessoal do Parque Estadual ao Marcelo Dutra, fotógrafo local que conhece como a palma da mão a mata e seus habitantes. E não é que no primeiro dia de incursão pelo Parque Marcelo me leva ao ninho desta mãe-da-lua com filhote? A primeira visão de uma ave rara assim - e ainda com o filhote! - é algo que não dá pra esquecer. Assim como não dá pra esquecer a generosidade deste que é chamado pelos amigos - com razão - de "o guardião da ilha". Valeu, Marcelo! Esta é uma das mais belas fotos do livro que está no forno. (Se você ainda não conseguiu enxergar o adulto atrás do filhote, olhe novamente)